Libanês que matou mulher e enteados tinha medida protetiva por agressões à ex-esposa, diz polícia
12/09/2025
(Foto: Reprodução) Delegado Rafaello Ross detalha chacina ocorrida em Joinville, SC
O libanês de 49 anos que matou a própria companheira e os dois enteados a tiros em Joinville, cidade mais populosa de Santa Catarina, já tinha antecedentes criminais, em 2022 e 2023. Segundo o delegado Dirceu Silveira, responsável pela investigação, o homem cumpriu medidas cautelares e tinha medida protetiva relacionada a uma ex-companheira e aos dois filhos que teve com ela.
A chacina de quinta-feira (11) aconteceu durante a madrugada. Ramzi Mohsen Hamdar matou a tiros Ingrid Iolly Araújo Silva Berilo, de 40 anos, e os dois filhos dela, uma menina de 11 anos e um adolescente de 15.
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Quem eram mãe e filhos mortos dentro de casa por libanês
A mãe de Ingrid, de 65 anos, também foi baleada, mas sobreviveu e foi levada ao hospital em estado grave. Após cometer os crimes, Ramzi tirou a própria vida.
Investigação
Segundo a Polícia Civil, o libanês e a companheira moravam juntos há cerca de um ano no bairro Saguaçu, em Joinville. Ele vivia na cidade há pelo menos 25 anos.
O crime foi descoberto após o irmão de Ramzi acionar a Polícia Militar. Ele relatou que encontrou o libanês caído no chão, com um revólver na mão.
"As informações que a gente tem é de que se tratava de uma pessoa violenta. Tinha um histórico anterior de agressão de violência doméstica", resumiu o delegado sobre o libanês.
Vizinhos disseram à polícia que ouviram mais de 20 disparos e gritos vindos da casa durante a madrugada. Segundo o delegado regional Rafaello Ross, o casal enfrentava problemas conjugais e financeiros.
A investigação aponta que houve uma discussão entre os dois antes da chacina. Ramzi teria atirado primeiro contra a companheira, Ingrid Iolly, de 40 anos. Em seguida, matou a enteada de 11 anos, que estava em outro cômodo, e depois o adolescente de 15 anos. A sogra, de 65 anos, foi baleada logo depois. Por fim, o homem tirou a própria vida.
A idosa foi encontrada com vida pela Polícia Militar pela manhã. Ela foi socorrida em estado grave pelo Samu e levada ao Hospital São José, onde passou por cirurgia.
A Polícia Civil já trabalha com uma linha de investigação baseada no histórico violento do suspeito e nos relatos de testemunhas.
"Isso tudo [histórico do suspeito] somado aos relatos iniciais dos vizinhos e do próprio irmão do suspeito, que foi ouvido no local, indicam que o crime foi passional, familiar, impulsionado por uma discussão durante a madrugada que acabou culminando nessa tragédia", declarou Ross.
O revólver encontrado na cena do crime foi apreendido e também passará por perícia, para confirmar se esta foi realmente a arma usada nos homicídios. A Polícia Civil também vai ouvir testemunhas que tenham ouvido a discussão e os tiros.
Além dos enteados, o libanês tinha dois filhos de um relacionamento anterior e uma filha que não mora no Brasil, segundo Silveira.
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